O Canadá vai impor 29,8 bilhões de dólares canadenses (R$ 120,3 bi) em tarifas retaliatórias aos Estados Unidos a partir da manhã de quinta-feira (13) em resposta às tarifas de aço e alumínio do presidente dos EUA, Donald Trump, disse o ministro das Finanças do Canadá, Dominic LeBlanc.
O aumento das tarifas de Trump sobre as importações de aço e alumínio entrou em vigor nesta quarta, à medida que escala a guerra comercial dos EUA. O Canadá é o maior fornecedor estrangeiro de aço e alumínio para os Estados Unidos.
A retaliação do Canadá tem como alvo produtos de aço no valor de 12,6 bilhões de dólares canadenses (R$ 50,9 bi) e produtos de alumínio no valor de 3 bilhões de dólares canadenses (R$ 12,1 bi) e produtos americanos importados adicionais no valor de 14,2 bilhões de dólares canadenses (R$ 57,3 bi), totalizando 29,8 bilhões de dólares canadenses.
Os produtos afetados pelas contra-tarifas do Canadá incluem computadores, equipamentos esportivos e produtos de ferro fundido, disse LeBlanc em coletiva de imprensa.
A escalada da guerra comercial entre os EUA e o Canadá ocorreu no momento em que o primeiro-ministro Justin Trudeau se prepara para entregar o poder esta semana ao seu sucessor Mark Carney, que venceu a disputa pela liderança dos liberais. Na segunda-feira (10), Carney disse que não poderia falar com Trump até que ele fosse empossado como primeiro-ministro.
Na véspera do início das tarifas sobre aço e alumínio de todos os países, Trump chegou a ameaçar uma duplicação das tarifas sobre o Canadá. A ameaça forçou a província canadense de Ontário a recuar de uma tarifa retaliatória sobre a energia. Depois da decisão, Trump também recuou da duplicação e manteve a tarifa de 25%.
Durante o dia de vaivém de ameaças, Trump também voltou a falar nas redes sociais que quer que o Canadá “se torne o nosso querido 51º estado”.
Nas primeiras horas após o início das tarifas, a União Europeia também anunciou tarifas retaliatórias em resposta aos EUA. A Comissão Europeia afirmou que imporá tarifas retaliatórias sobre 26 bilhões de euros (R$ 164,9 bi) em produtos americanos a partir do próximo mês.