A Lego conquistou mais participação de mercado de seus maiores concorrentes no ano passado, consolidando sua posição como o maior fabricante de brinquedos do mundo, após a receita crescer para um recorde.
A fabricante dinamarquesa dos coloridos blocos de brinquedo expandiu as vendas anuais em 13%, alcançando 74,3 bilhões de coroas (R$ 62,4 bilhões) em 2024, impulsionado pela forte demanda nas Américas, Europa e Oriente Médio, informou a empresa de capital fechado em seu relatório de resultados na terça-feira (11). Seus maiores concorrentes, Mattel e Hasbro, registraram quedas nas vendas em 2024.
“Foi um ano fantástico, em que conquistamos muita participação de mercado ao redor do mundo”, disse o CEO Niels B. Christiansen em entrevista por telefone. “O interessante é que não se trata apenas de um país ou um produto. É muito abrangente.”
Nos últimos anos, a Lego investiu fortemente na expansão de seu portfólio e o número de produtos atingiu um recorde de 840 no ano passado. A empresa também está construindo novas fábricas, incluindo uma na Virgínia, nos Estados Unidos, e está avançando no setor de jogos e brinquedos digitais. Durante 2025, a fabricante espera lançar seus primeiros conjuntos em parceria com a Nike e a Fórmula 1 para explorar o segmento esportivo.
“Os EUA são de longe o maior mercado para brinquedos, e também para a Lego”, disse Christiansen. “Muitas de nossas propriedades intelectuais, de Star Wars a esportes com a Nike e outras tendências, vêm dos EUA, então está totalmente integrado em tudo o que fazemos.”
No momento, a maioria dos blocos Lego vendidos nos EUA é produzida na fábrica da empresa em Monterrey, no México, e pode estar sujeita a tarifas se o presidente Donald Trump seguir com seu plano de impor tarifas recíprocas em 2 de abril. A nova fábrica da Lego na Virgínia não será inaugurada até 2027.
Christiansen não está excessivamente preocupado com um possível impacto das tarifas, após a Lego ver o lucro operacional subir cerca de 10%, para 18,7 bilhões de coroas (R$ 15,7 bi) em 2024.
“Se conseguirmos manter esse nível de crescimento, então” as tarifas “não são o maior problema”, disse o CEO.