Os advogados de Luigi Mangione, acusado de assassinar o CEO de uma operadora de seguros de saúde nos Estados Unidos, contestaram a solicitação da pena de morte feita pela Justiça, segundo documentos judiciais apresentados nesta sexta-feira (11).
A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, pediu no início do mês aos promotores federais que requisitassem a pena de morte para o homem suspeito de matar a tiros Brian Thompson, diretor executivo da United Healthcare, em dezembro do ano passado, em Nova York.
No entanto, os advogados do jovem de 26 anos apresentaram uma petição a um tribunal de Manhattan pedindo “intervenção judicial porque a procuradora-geral declarou explicitamente que ordenou a pena de morte para ‘cumprir a agenda do presidente [Donald] Trump'”.
A defesa acrescentou que “a decisão da procuradora-geral é explícita e abertamente política”.
Na madrugada de 4 de dezembro, Mangione teria esperado a chegada de Thompson em um evento da empresa e atirou várias vezes pelas costas com uma pistola equipada com silenciador, segundo os promotores federais.
O crime evidenciou a profunda frustração pública com o lucrativo sistema de saúde norte-americano, a ponto de muitos usuários de redes sociais retratarem Mangione como um herói.
Bondi classificou o assassinato como “um ato de violência política” e considerou que “poderia ter representado um grave risco de morte para outras pessoas”.
Mangione foi acusado tanto em um tribunal estadual de Nova York quanto em um tribunal federal dos Estados Unidos.
No caso estadual, ele declarou-se inocente e enfrenta a possibilidade de prisão perpétua sem chance de liberdade condicional, caso seja considerado culpado.
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