O Ministério Público Federal no Distrito Federal abriu um procedimento prévio para apurar se houve crime contra o sistema financeiro no protocolo de compra do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília), instituição cujo maior acionista é o governo distrital. A venda ainda depende de aprovação do Banco Central e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
A investigação ocorre sob sigilo e a Procuradoria ainda irá decidir se transforma essa apuração preliminar em um inquérito criminal a respeito do assunto.
A abertura desse procedimento foi divulgada inicialmente pela Reuters e confirmada pela Folha.
Procurado, o BRB afirmou que “está à disposição para prestar os esclarecimentos considerando, sempre, os melhores princípios de governança e prezando pela transparência.” Também procurado, o Banco Master não se manifestou até a publicação dessa reportagem.
Outras apurações a respeito do tema já foram abertas, tanto pelo Ministério Público do Distrito Federal quanto pelo Ministério Público de Contas do DF, que atua em casos sob apreciação do Tribunal de Contas distrital.
No caso do MP-DF, foi aberto um inquérito civil pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social. O objetivo é apurar as circunstâncias da compra e venda de ações na operação.
Já a Procuradoria de Contas solicitou formalmente ao BRB informações e acesso à íntegra do processo administrativo da aquisição, com o objetivo de apurar se a operação foi regular.
O acordo entre os bancos foi aprovado no dia 28 de março pelo conselho de administração do BRB e informado ao mercado via fato relevante.