O anúncio da oferta de compra do banco Master pelo BRB, feito no último dia 28, pegou o sistema bancário de surpresa —e gerou desconfianças. A transação, estimada em R$ 2 bilhões, faria parte de uma estratégia de expansão da instituição controlada pelo governo do DF, mas agentes veem risco de uma operação política, para socorrer o banco privado.
O Master teve um crescimento considerado acelerado nos últimos anos, com uma estratégia vista como agressiva. Ofereceu CDBs a taxas maiores que a média do mercado e apostou em precatórios, dívidas do governo determinadas pela Justiça.
O negócio vai ser agora analisado pelo Banco Central. O Ministério Público do DF abriu um inquérito civil para investigar o caso, e a Procuradoria de Contas também instaurou um procedimento, O imbróglio pode ainda envolver o BTG Pactual, citado como possível comprador de ativos do Master; o banco por ora nega ter feito qualquer proposta.
O Café da Manhã desta segunda-feira (7) explica por que a oferta de compra do banco Master pelo BRB tem gerado tanto burburinho. A repórter e colunista da Folha Adriana Fernandes apresenta os personagens dessa história, conta o que se sabe até aqui sobre a transação e discute os desdobramentos dela no mercado e no mundo político.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Gabriela Mayer e Gustavo Simon, com produção de Gustavo Luiz, Laura Lewer e Lucas Monteiro. A edição de som é de Thomé Granemann.