Em ranking divulgado pelo The Wall Street Journal, o empresário Elon Musk está no topo de uma nova categoria de ultrarricos. Com fortuna estimada em US$ 419,4 bilhões (R$ 2,4 tri), ele é uma das 24 pessoas no mundo que se qualificam para o seleto grupo de superbilionários, composto por quem tem patrimônio de US$ 50 bilhões (R$ 294,2 bi) ou mais.
Segundo dados reunidos pela empresa global de inteligência de riqueza Altrata, 16 dos 24 integrantes da lista estão em um andar ainda mais alto e são centibilionários —indíviduos com patrimônio líquido de pelo menos US$ 100 bilhões (R$ 588,4 bilhões).
A lista é dominada por grandes nomes da tecnologia. As minorias são mulheres e pessoas de fora dos Estados Unidos que têm, respectivamente, três e sete representantes na lista.
Além de Musk, o setor da tecnologia também é representado na lista pelo fundador da Amazon Jeff Bezos, o cofundador da Oracle Larry Ellison, o fundador da Meta Mark Zuckerberg, o ex-diretor executivo da Microsoft Steve Ballmer, o fundador da Microsoft Bill Gates e outros.
O surgimento da categoria de superbilionários coincide com a explosão de multimilionários no mundo. A fortuna dos multimilionários no mundo mais do que duplicou em dez anos. Entre 2015 e 2024, o número de multimilionários passou de 1.757 para 2.682 em todo o mundo.
Ainda em 2024, a revista Fortune elevou a régua de riqueza que define quem pode ser considerado ultrarrico no mundo. Até pouco tempo, um patrimônio de ao menos US$ 30 milhões (R$ 176,5 milhões) já garantia o passaporte para essa categoria. Mas a quantidade de pessoas com esse valor em ativos aumentou quase 28% entre 2016 e 2023.
De acordo com comentaristas financeiros citados pela Fortune, ter agora no mínimo US$ 50 milhões (R$ 294,2 mi) é o novo patamar para ser considerado verdadeiramente membro da elite de milionários —patrimônio ainda distante do acumulado pelos superbilionários.
No início de fevereiro, as fortunas desses 24 nomes representavam mais de 16% de toda a riqueza dos bilionários, um aumento dramático em relação a 4% em 2014, segundo a Altrata.
“Os bilionários sempre controlaram quantias significativas de riqueza, mas agora estamos falando sobre diferenças dentro da própria população de bilionários”, disse a chefe de liderança de pensamento e análise da Altrata, Maya Imberg, ao jornal The Wall Street Journal.
Um dos setores beneficiados pelo crescimento das fortunas, conforme destaca a pesquisa, é o mercado imobiliário de luxo. Cada um dos superbilionários na lista da Altrata possui diretamente imóveis residenciais pessoais de pelo menos US$ 100 milhões (R$ 588,4 mi).
Uma das mudanças observadas pela empresa na elite mundial também é a origem do dinheiro. A lista mostra um aumento de pessoas que fizeram sua própria fortuna em comparação aos herdeiros.
Um relatório de 2024 da Heritage Foundation, citado pelo Wall Street Journal, aponta que dos 97 bilionários ainda vivos da lista Forbes 400 de 2005 que herdaram fortunas, menos da metade está no ranking até hoje. E os poucos herdeiros que permaneciam tinham mais chances de ter caído do que subido no ranking.